sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sensaboria

Estradas terminais e abandonadas
Caneta sem tinta, folha vazia
Malabarismos de vontades desamparadas
Uma sala quente com gente fria
Denotam realidades de um outro dia

Trabalho árduo porém fracassado
Um coração leve, vagamente desperto
Esforço de evolução mal conjugado
Caminho vertiginoso, destino incerto
Deserto... Deserto... Deserto...

Distintos recitais de poesia
Versos arremessados no ondulear do vento
Letras que respiram fantasia
Temperadas com média dose de alento
Lento...Lento...Leeeeento...

Canções que preenchem o ser
Compostas, escutadas sob uso de estupefacientes
Delirantes olhos começam a ver
Formas descontínuas e deficientes
Mentes....Mentes...Mentes...

Verdades que arranham
Verdadeira sensação de explodir
Mentiras que emaranham
Falso sentido de sentir
Fugir...Fugir...Fugir...

Tropêga, aluada e de ideias distantes
Transversalidades que me recuso a entender
Alimentada de ciclos de constantes
Apago os sentidos míticos e continuo a viver
Correr...Correr...Correr...

Fito o horizonte, a mágica aurora
Sigo em frente, para trás não!
Não perco nem mais uma hora
Perdida nos desassossegos da escuridão
Solidão...Solidão...Solidão...
Dá-me a mão...
Dá-me a mão...
Dá-me a mão...


Apre, Chega!
Quanta repetição!

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