quarta-feira, 28 de julho de 2010

Perfume

Brisa leve e percorrente
Carregada de aromas pesados
Esta fragrância permanente
Traz recordações de tempos mal passados
Já lá vão...
Mas a brisa continua a soprar
Eu dou-te com resistência mais um não
E pareces não querer acreditar
Foges de mim quando começo a negar
Enfrenta-me! Eu esqueci-te!
É esta a verdade que tens de encarar
Pára de chamar a minha atenção
Em nada te adianta fazeres-te notar
Contigo? Nunca! Mais utopia não!
Eras alexina a circular no meu plasma
Agora és timina e adenina que se descruzam
És carbono que acelera a minha asma
Inóspitos microrganismos que me usam
Não!
Não vou deixar que infectes novamente!
Quero ficar sã e tu não passas duma droga
Desaparece, de uma vez, eternamente
Porque és viciante água que me afoga
Agora que te vejo com a razão, soas-me a ridículo
Dá-me vontade de correr para longe de ti
Esconder-me no mais pequeno cubículo
E orgulhar-me porque te perdi
Obrigada!
E agora leva esse perfume perserverante
Abafa-o com as palavras que me disseste
Livra-te desse feitiozinho arrogante
Não voltes cá porque para mim... Morreste!

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