quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Fy

I didn't mean any of those promises
Which I begged for you to hear
I barely lay awake on my sadness
And you already moved here!

If I was there
I would pretend I care
While you're drowning in my tears
Inside my happy nightmare.

Am I that mean?
Are you absolutely great?
Did you saw what I've seen?
You catch my point a little late.

There's nothing in your dumb head
You make it all look wrong
I guess maybe only dead
You'll know the meaning of get along.

I would never ask for sorry
And I seriously don't want to know
I hope you fall from your glory
And learn hard how to grow



You always get your stuff
Without an effort to take
I fought all the time for us
But all you did was break!

Oh, real pleasure of mine
Are all those drugs I abused
They were playing games on my mind
Everything's got so amused!

And I'll break our chains
Slipping through your veins.
Killing every part of my defeat
Until it's only me on you
I will be the one who make you heart to beat
The only one to make it true.

Oh darling...
My sweet, sweet darling, what's this?
I made a mess of you...
But my wish indeed it is
I can't wait 'till I fuck you!


(Não, não é uma canção. Sim, é da minha autoria.)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Outubro



Sobre a sombra de um carvalho
Passeiam-se os memoriais da nossa história
Caem as últimas gotas de orvalho
Apagando a tinta indelével da minha memória.
Outubro.
E as avózinhas aquecem-se na lareira
Enquanto de suas mãos nasce um belo agasalho  
Lã solta, espalhada pelo baloiçar de madeira
Entra em azáfama o neto, range o soalho.
Começa-se já a desenhar a neve 
No cimo da colina destinada ao pastoreio
No velho fogão o chocolate quente já ferve
E histórias aconchegantes pacificam o meio.
É Outono, as folhas estão soltas pelo chão
A árvore desnudada deixa que o vento a balance, ligeira
As aves fazem os últimos preparativos para sua migração
E no caminho para casa, aqueço as mãos na algibeira.
O pôr-do-sol é maravilhoso
Parece sorrir à minha passagem
O telhado do anexo de arrumos abana-se, duvidoso
As chapas tocam-se ao de leve como no funcionar de uma engrenagem.
Neva, neva, neva.
A minha casa ainda é um pequeno ponto no horizonte
Junto do carvalho de copa frondosa no verão
Transformou-se em gelo a água da robusta fonte
Olha lá! Não parece o teu coração?
Afasta-te lá pensamento
que ele já não tem lugar aqui.
Abandonou-me, partiu com o vento
Que sopra nas minhas costas, acolá e acoli.
E neva, neva, neva.
Outubro.
Meu Outubro.
O rumo? Esse já o perdi há muito.
E neva, neva, neva. É Outubro.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

é isso.




Pela imensidão de estupidez demonstrada,
 tenho orgulho em dizer que no passado te destrui e te causei sofrimento
a cada pessoa que me pergunte por ti.
Estraguei-te a felicidade em muitos momentos e por diversos motivos tão estúpidos
como a tua existência desajeitada e repleta de defeitos. Deixei-te na merda.
E sabes? Nunca fiz nada mais acertado na minha vida!

"Die die die my darling, just shut your pretty mouth."

sábado, 2 de outubro de 2010

Lara

Lara ali permanecia...
De olhos mágicos e feições tremendamente exóticas
Com luz de ouro a pairar sob os belos contornos
Esculpida defronte da habitação de dimensões caóticas
À esquerda dum carvalho recheado de frutíferos adornos
Era a estátua mais bonita do palácio!
Fora trabalhada com carinho e vivacidade
Vestida com tecidos da Índia e adornada por tintas chinesas
Era a musa dos habitantes daquela cidade
Aliciante, de postura firme, de sorriso cheio de certezas
Era Lara, a mais bela das princesas
Que pairava sobre o rio Nilo
Em tempos de bonança!
Longos cabelos negros em véu sob a cinta esguia
Ditavam o destino de uma jovem enamorada
Foi deserdada pelo rei e morta à luz do dia
Atenção de olhares curiosos na multidão escandalizada
Agora, entre girassóis e petúnias frescas
São-lhe recitadas as mais belas poesias

"Lara, doce Lara és a luz das nossas noites de folias
E a tristeza dos nossos tristes dias
Lara, doce Lara és a mais bela das nossas alegrias
Lara, doce Lara"

E quando a noite vai alta e o último rouxinol cantante
Se aconchega num ninho de ramos enfadonhos
Lara larga o pedestal e caminha exuberante
Ao encontro do homem dos seus sonhos...

  Watching Lara- Yann Tiersen :)