terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pensamento em Cadeia

Esquecidos os relógios
Quebrados os ponteiros.
O cheiro a café,
Um livro na mesa,
Histórias.
Mundos encantados.
Surreais.
Paraísos destruídos
Por dragões humanos
Com asas de ouro.
Exploração das vertentes paralelas
Entre amor e ódio.
Desvia-te!
Chamas,
Ardentes,
Acusatórias.
Elitismo.
Egocentrismo tão puro como sonhos.
Loucamente apaixonados
Pelo reflexo que lhes oferece o espelho.
Bâton na lapela,
Traição.
Morte em vida.
Oh oh!
Resumi-te.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não tenho nexo

Nem sempre sei o que escrevo
Na história breve dos meus dias
Saberei
Quando azul for a calma
De um porto seguro navegante.
Um mar de palavras
Soltas, à deriva,
Num delírio fervilhante
Na proa um papagaio,
No centro um acompanhante.
Contador de épicas histórias
De signos linguísticos trocados
De heróis cruéis derrotados
Pela desavença de vitórias.
E eu?
Eu nada.
E eu tudo
Porque em nada há sempre um algo
E em algo há sempre um tudo.
Pequenez.
Não me dão nexo
Mas tenho-o,
Nas colinas do meu defeito
Na virtude linear.
Silêncio,
Apaguem o ruído
Que eu quero descansar.