sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Cinematic Orchestra
"There is a house built out of stone
Out in the garden where we planted the seeds
There is a tree as old as me
Branches were sewn by the color of green
Ground had arose and passed it's knees
By the cracks of the skin I climbed to the top
I climbed the tree to see the world
When the gusts came around to blow me down
I held on as tightly as you held onto me
I held on as tightly as you held onto me...
Cause, I built a home
for you
for me
Until it disappeared
from me
from you
And now, it's time to leave and turn to dust..."
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Lost Control
Do teu jeito de ser endiabrado
Embalada no manjar dos ponteiros
Cairia sobre o teu peito intermitente
Como uma bomba relógio
Montada e alterada por terceiros.
Nada é meu
Tudo é um nunca
E nada é um sempre
Que dificilmente iremos alcançar.
Em validade me deito
Em validade me levanto
Tudo é efémero
Nada se agarra
Mas eu agarro-te
(enquanto posso)
Um dia o calvário monta-se
E perdemo-nos os dois
A flutuar sobre cada palavra desenhada
Nos contornos do ar
Sairemos a questionar a nossa vida
( Quanto tempo demorará a chegar ao chão? )
Aí lembra-te que as horas voam como promessas juvenis
Enquanto guardas rancor no baú de cada acção
Vamos esbarrar-nos em colisão com a terra dura
Que nos aguarda enternecida de destruição
Na terra dura, ouviste? Na terra dura!
Não será tarde para me extorquires perdão?
( Quanto tempo demorará a chegar ao chão?)
Em validade me deito
Em validade me levanto...
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Velho
Olhe!
Sim, é você, aí na escada...Você que nem merece o você que lhe dirijo! Porque anda pelas esquinas como cachorro feito mendigo da vida?
Inúmeras alcateias revoltadas lançam-se na sua direcção.
Esqueça o poder porque
Não é senhor
Nem conde
Nem possui requisito mínimo para ser respeitado
É um farsolas
Um pobre gabarolas
Que se finge muito educado
Tresloucado, é o que é!
Tire essa máscara de pobre arrependido, conserte os erros e tape os buracos que fulminou. Deixe de se dar por vencido!
Não?
Como não?!
O que é você afinal?
É um pobre de espírito
Que nada vê senão negrura
Que nada vê se não loucura
E louca me torna a mim!
E eu grito de pulmões acesos, simplesmente porque não vejo mudança nesse andar de cavaleiro. Se sente por perto o odor do dinheiro corra na oposta direcção!
Já chega!
A traição!
Estou rouca de si e das suas façanhas. Quero que viva sem hora e exorcize essas entranhas:
Tão pestilentas
Malcheirosas
Fedorentas!
A cama que fez...
É aquela onde se vai deitar!
Chegou o meu comboio
A-d-e-u-u-u-u-u-u-s!
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Texugos
Estou imóvel numa corrida para o pólo contrário e sinto as pernas adormecidas por um formigueiro picadiço que te ondula, com discrepâncias, ao sabor da minha linfa. E ah, felizes de nós! Morremos juntos!
E enchem-se as ruas daquele fedor invasivo que mata a biologia espalhada no meio citadino, que afoga a aura num bruxedo de enxofres e poções carbónicas!
Respiram, inspiram e expiram maldade, hipocrisia e manipulação. Ui quanta manipulação! É altamente contagioso... Um hospício saudável de vultos senis que seguem a rotina tão somente marcada pelo egocentrismo. Loucos, lá vão agarrados ao relógio, a apitar nas intermináveis filas de trânsito em hora de ponta e a insultarem-se sem que ninguém dê por isso. Não sou contra, até faz bem.
Fiquei em gelo, aqui estendida neste leito. Decidi levantar-me com o cortejo que me sobra e fui reacender a fogueira que cessou. Afinal, ainda acredito que possa renascer das cinzas.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Ah, Ontem!
Ardia-me a pele em chamas
O Diabo apoderou-se da minha incerteza
Ardia-me em queixumes a voz
Exorcizaram-me a força e a destreza
A Negra labareda veloz
Consumiu a minha existência!
Ontem...
Ardia-me em gelo o peito
Dum aperto vincado, sem fim
A voz afónica presenteava o defeito
Que pairava longinquamente perto de mim
E Calaram-se todos!
Ontem...
Gelava-me a leviandade
Enfeitando cada lágrima de flocos suaves
E os sorrisos enchiam-se de promiscuidade
Numa rota de falhas e meias-verdades
E eu dispersa...
Largada na corrente
Cobiçada por uma serpente
Venenosa.
Encabeçada de uma vontade enorme de me excluir,
De vez.
Ontem...
Ainda havia vento
E sentimento
E maresia
E luz do dia!
Hoje,
agonia!
E amanhã,
restos do manjar imaculado da serpente
e cinzas na escuridão.
E depois do amanhã serei fantasma,
espectro,
assombração!
Ah, quem me dera ser o ontem...