sexta-feira, 10 de junho de 2011

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Contradigo-me a pensar

Deixa soltas do livro as páginas riscadas
Pelo arrependimento e desilusão
Que adquiram negras faces amareladas
Da luz se ofusquem em ritmo de renovação
Todas estas frases doces, com cuidado elaboradas
Pintadas a rigor nesta sociável encenação.

Não te quero ouvir falar sob o ego dessa pessoa sombria
Nem escutar o teu nome em cada esquina da rua
Não jubilarás pela minha condição em forma de poesia
Nem cantarás tremores sobre a minha alma nua!

Destruirei a minha montanha de desejos
De verdes margens construídas pela obsessão
Irei tornar sêcas as flores acarinhadas de beijos
Que suspiram num ritmo de exaustão
Querer-te mais? Não. Não!

E...
Que os teus sorrisos se entrelacem nos meus
Numa sinfonia de cabelos ao jeito de quimera
Entre compassos e melodias dos céus
Num belo e felizardo anoitecer de Primavera.

Oh!