quarta-feira, 23 de junho de 2010

Amanhã

Imagem mal imaginada
Sons agudos te profanam
Caminhas na velha jornada
Quem disse que os outros não se enganam?
Hoje não dá, talvez amanhã.

Cerras os olhos para ver as estrelas
Fechas a mente a um novo incentivo
Vives a tua vida como nas novelas
Sendo de ti próprio fugitivo
Hoje não dá, talvez amanhã.

Sonhas os sonhos sombrios
Viajas só e mal acompanhado
Flutuas sobre os flutuantes rios
Mergulhas num caudal mal apetrechado
Hoje não dá, talvez amanhã.

Passo em falso, precipício
Pensas que é o teu fim
Desejas voltar ao início
Não queres ver a tua vida acabar assim
Hoje não dá, talvez amanhã.

Respiras insegurança
Foges a todos os problemas
Farto desta andança
Tentas escapar-te aos maus esquemas
Hoje não dá, talvez amanhã.

Sentes o sol bater na vidraça
Despertas, acordas por fim
Dentro de ti brilha uma luz crassa
Que te tenta guiar a mim
Mas hoje não dá, talvez amanhã.


- "Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje."

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