quinta-feira, 1 de abril de 2010

Noite

A rua está escura
Sombras de vultos aumentam o pesar
A desconfiança reina, fria e dura
A lua é a única a brilhar
E eu aqui estou
Encantada perante o teu poder
Para qualquer lado contigo eu vou
Pois só tu pareces este vazio compreender
Aprecio-te! És a noite pesada!
Impões-te a nós, amaldiçoas o mundo
Eu tento superar-me e não consigo nada
Tu apareces e apoderas-te de tudo!
És vazia, nada temes, és fria
Não tens dó, não tens piedade
Em ti vejo o reflexo da minha agonia
E o sofrimento que causa toda esta saudade!
Olhas-me, nada dizes, não vale a pena...
Sou uma das tuas mais fiéis companheiras
Junto-me a ti imprudentemente
Dou-te a conhecer histórias verdadeiras
E desabafo as mágoas a ti, constantemente
E docemente consolas o meu ser e eu vejo-me em ti
Matas afincadamente este derrotismo terreno
Proibes-me de dizer "eu não consegui"
E eu renasço e vivo contigo em pleno
Contigo, noite, sempre aqui.

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