terça-feira, 30 de março de 2010

Horizontes perdidos

Vivo no sonho
De alcançar o inatingível
Quero livrar-me do peso medonho
Que carrega o impossível!
A fasquia está elevada
Pessoas sussurram-me como proceder
Caio redondamente derrotada
E imploro que não me façam mais sofrer
Queria libertar-me!
Fugir desta estúpida corrente
Queria deixar de conformar-me
Com a surrealidade do presente
Porque não sou compatriota de receios
Vivo só, com o meu desalento
Meras ilusões, sonhos e devaneios
Para o meu coração são alimento
E estão findadas as esperanças
Lágrimas enchem de sal a maresia
Gaivotas, voam para longe, desesperadas
E suas asas carregam a minha alegria
E eu, bem devagar, percorro o areal
Olho o mar, ainda há tempo para o ver
Pegadas marcadas no chão imortalizam o sinal
Do estado rastejante do meu viver
(E eu simplesmente esqueço-me de te esquecer...)

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