domingo, 3 de abril de 2011

Vago, tão estupidamente vago

Calmaria...
O vento melancólico atravessa as frechas das janelas
Das portas, dos sonhos e dos tempos

Calmaria...
As criaturas saltitam entre os paralelos e solstícios de primavera
No seio de rotinas e paisagens verdemente belas

Semi-calma...
Canta-nos a harpa dramática de fundo
Entre timbres de tropeçar e raiva expressos
Escuta-se o trovejar espalhado pelo mundo
Onde vidas-violeta se cruzam e encruzilham em avesso

Meia-calma...
E ergue-se a lua cheia e esbranquiçada
Entre metáforas brilhantes na água do lago
Surge-nos o amor, essa palavra espelhada
Entre um beijo ao de leve, tão estupidamente vago!

Quase-calma...
Nós
E a fluência do sujo riacho
Que nos brinda com a sua pestilenta presença.

Nula-calma...
E voa até mim como as aves migratórias
Sobre os céus de Florença
Voa, voa, esquece as horas
Condicionamentos, paragens e doença!
Voa voa voa entre o algodão das nuvens,
Entre a destreza dos prédios que, ao longe, se adivinha
Voa voa voa, vem até mim e mostra-me
Porque gostava eu da premissa "és minha"!

    (Ah... Yann Tiersen!)

1 comentário:

  1. A minha curiosidade fez com que passa-se por aki e adorei o que li... mto bom =) continua... irei seguir... *

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