sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Cinco Vinténs à Sorte

Estou sóbria mas apeada sem crença
E quando aqui chegas e permaneces
Fico aborrecida pela tua presença
E quando me largas e te enalteces
Encho-me de mazelas duma incurável doença
E quando estou acompanhada
Só quero estar sozinha...
E quando estou só
Penso no quão gostaria de estar rodeada
Robótica e inconstante forma de estar ensaiada
E diária e teatralizada de nada
Quanta fachada!

A minha rota tem trajectória curvilínea
É uma vida mal amada
Desaproveitada por vezes...
Num desenrolar de passagens
Num arremesso de meses
Os quais ultrapasso em altas voltagens
Viagens de descoberta
De parte incerta
E aconchegantemente deserta!

Porque circulam as histórias tão apressadas?
E os segundos passam num correrio
Enquanto a minha vida se desfaz em nadas?
São só mitos urbanos desclassificados
Em teatros nocturnos, diurnos, desarmados
Politiquices e mal dizeres
Vontades suspensas por quereres
De nadas, de tudos
De surdos, de mudos
Num mundo de sustos
Infindáveis
Questionáveis
Apaziguáveis
E detestáveis!

Olha se não são
Amuos de criança mimada
Estupidamente mal habituada
Sem cortejos de educada
Que sobe ao trono
E julga-se deste mundo dono...
Mas é do outro!
Açoites de noites
Perdidas nos dias
Noites de açoites
Dias de perdidas
E partidas
Fugidas
Largadas
Corridas!

Enquanto a minha vida
Se desfaz em nada...
Penso no quão gostaria de não estar rodeada
Se acabou a história está acabada!
- Obrigada!
- De nada!

3 comentários:

  1. Pontaria xb
    Eu acho que mm que ele nascesse agora ia ser muito avançado para a época. Ele é o meu Idolo *-*

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  2. Sim, talvez x)
    Ahaha já me disseram que certas partes da minha escrita me pareço com ele xD é a influencia xb

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  3. eu conheci graças à amélie poulain, mas confesso que ainda não ouvi mais nada dele excepto esta música. daqui a pouco já trato desse descuido :p
    e obrigada*

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