domingo, 12 de setembro de 2010

Veneno

Excêntrico e invasivo
Satanás te aguardará
Na terra do pecado corrosivo
Onde a fogueira de três forcados te engolirá

Qualquer que seja o sonho
Torna-se tão miseramente pequeno
Nas mãos dum monstro tristonho
Chamado por sábios, veneno

É só solução concentrada
De químicos e físicos
São só recuos em fracassos de passada
Argumentos e leis ossudas de tísicos

Oh doce veneno de paladar imaculado
Fazes-me levitar e mergulhar na pedra de calma
Trespassas a minha essência de odor fracassado
Escondes-me os monstros debaixo da cama

Oh doce veneno, força de quem te proclama
E clama aos ventos e sóis e marés e dóis
Dóis... Quando me perfuras em chama!

Oh doce veneno suculento
Arma frívola e mortífera da natureza
Já Satanás me acena por um tento
Aclama e glorifica a minha nobel proeza
Fiel companheiro nas horas de tristeza
Cheguei, venho salvaguardar a tua beleza!
Erro de cálculo e sustento!
Ups, lamento...

Qualquer que seja o sonho
Torna-se miseramente pequeno
Nas mãos de um monstro medonho
A quem eu venero, meu doce e suculento...
Veneno!

5 comentários:

  1. um bocado veneno, por vezes necessário...

    é boa muié
    bjo

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  2. 'Oh doce veneno de paladar imaculado
    Fazes-me levitar e mergulhar na pedra de calma'. ahaha isto pode ser interpretado de outra maneira xDD
    gostei bues x)

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  3. gostei!
    é o teu melhor poema, evoluíste muito :)
    esta cheio de musicalidade e significado*

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