quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ruínas

Mais um dia
Mais uma ilusão
Mais uma tristeza garantida
Mais e mais solidão!
Rodeada por muros
Porém invisíveis
Grito, solto sussurros
Cometo erros inadmissíveis!
A mão escreve a dor
O pensamento massacra a mente
A nostalgia acaba por se impôr
De modo a que tudo à volta fragmente!
Sonhos perdidos
Promessas quebradas
Desejos ardidos
Histórias apagadas
Prosas inacabadas
Cicatrizes bem marcadas!
Vidas falhadas...
Falhei e desesperei
Sei que não sou de aço
Erro e errarei
Não sou perfeita, não sei que faço!
E de mim se afastam
Facilmente, sem pesar
E sobre mim arrastam
A agonia de tão só estar...
Pensar que tudo irá mudar?
Não vai, nunca muda
Talvez melhores dias irão chegar
Talvez melhores momentos irei proporcionar
Mas arruinarei tudo no menor tempo
Do que aquele que me levou a preparar
Porque eu não passo de ruínas...
Ruínas de uma história acabada
Porém aberta, incompreendida
Ruínas de alma magoada
Sem objectivo, sem caminho, sem estrada...
Ruínas perdidas no longuíquo destino
Meros fragmentos de vida passada.
Eu parei e não quis voltar
Parei e não soube mais como me achar
Nesta derrota mal ultrapassada...
E aqui vou e sigo
Tão perdida, tão desnorteada!

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