quinta-feira, 26 de maio de 2011

Baque

Vazio.
Sons silenciados
Tons avermelhados
De dor
Na transparência de letras
Das minhas cartas, meu amor.
Paragem.
Ponteiros loucos em permuta
Guerreada, tão suja a disputa
Pelo pódio de vencedor!
Amarrotada.
A folha em que te escrevo
Lágrimas doces, pela mão do ponto vital
Onde o sonho toma forma e relevo
Nesta adoração eterna e infernal.
Vento.
Companheiro de viagem
Abraço apertado de força natural
Larga-me a face, enche-me os olhos
Chora em dilúvio toda esta bagagem
Onde mora o nosso ponto final.
Carrego-a.

2 comentários: