sábado, 4 de dezembro de 2010

Ah, Ontem!

Ontem...
Ardia-me a pele em chamas
O Diabo apoderou-se da minha incerteza
Ardia-me em queixumes a voz
Exorcizaram-me a força e a destreza
A Negra labareda veloz
Consumiu a minha existência!
Ontem...
Ardia-me em gelo o peito
Dum aperto vincado, sem fim
A voz afónica presenteava o defeito
Que pairava longinquamente perto de mim
E Calaram-se todos!
Ontem...
Gelava-me a leviandade
Enfeitando cada lágrima de flocos suaves
E os sorrisos enchiam-se de promiscuidade
Numa rota de falhas e meias-verdades
E eu dispersa...
Largada na corrente
Cobiçada por uma serpente
Venenosa.
Encabeçada de uma vontade enorme de me excluir,
De vez.

Ontem...
Ainda havia vento
E sentimento
E maresia
E luz do dia!

Hoje,
agonia!

E amanhã,
restos do manjar imaculado da serpente
e cinzas na escuridão.

E depois do amanhã serei fantasma,
espectro,
assombração!

Ah, quem me dera ser o ontem...

5 comentários:

  1. Muito bem escrito e construido ;)

    Gostei

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  2. Juro que amei mesmo este poema :'x dos melhores para mim!
    Não te preocupes amor, foi um pequeno desentendimento (: Mas obrigada pela preocupaçao!

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  3. minhaa ... deixaste me arrepiadaaa :O

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  4. nao sei arrepiaste me hehe
    talvez por seres minha pima ,sei la

    ya concordo e que ela nao tem nada de jeito faz me lembrar a lady gaga so ha uma musica que amei -- speechless (ou la como se escreve) xD

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  5. Penso que todos já tivemos as fases do querer o "ontem"...

    Muito bem conseguido! gostei =)

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