terça-feira, 25 de maio de 2010

Vazio

Anseio
Um fim
Algo que te traga a mim.

Exploro
Um sinal
Algo que corra com o que nos fez mal.

Olho o nada...
Tudo é tão só, tudo é tão vazio
Memória, dor e lágrima formam um trio
Que abafam a paz meticulosamente conquistada.

Olhares fugazes
Gestos inocentes
Corações incapazes
Devaneios insolentes.
Vazios de alma
Plenos de fardos tremendos
Perdidos na calma
Dos que concertaram emendos.
Perdidos em nós
Em vós
E nos outros.

A um canto esquecidos
Sem confiança terrena
Por novos viveres vencidos
E de resistência pequena.
É esta a realidade de um povo
O teatro de uma nação
Precisa-se de algo novo
De findar esta onda de frustração!
Chega de dizer que amanhã tudo será diferente
Chega de ignorar e não tomar medidas
Chega de ignorar esta pobre gente
Que se pela de tantas feridas!
E chega de lamentações!
Soltem os sonhos
Tornem-se medonhos
E construam a maior das revoluções!

E eu?
Eu observo-te a ti
Porque o resto é nada.
É vazio sem fim
Como esta alma por ti sustentada.
E o resto do resto?
É vazio
Simples e perfeito
Vazio...

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