Travem essas garras quebradiças que mal eriçadas caem por terra, enterrando-se sobre desenhos fulcrais à vossa existência incompatibilizados com a minha obra. Deixem-me invadir os meus selvagens e robustos caminhos e traçar as minhas sucessivas rotas sozinha. Não quero conselhos sábios, porém desfeitos e subestimados, por pessoas sem culto que os lançaram para níveis de imundice extrema. Extingam os limites da vossa presença e deixem-me passar entre as vossas encruzilhadas e armações de máximas de vida que me recuso a reter, tal é a miopia cega que me acerca neste nevoeiro de quereres e uso desclassificado dos meios e dos excessos de vontade.
Vá, não gastem esse latim em palreios disfarçados do que são em tentativas de se exceder para causar espanto em mim. Recuso espantos com tão míseros discursos vindos de seres meramente inferiores, aliados à sua própria falta de consciência. Não tragam serenatas melodiosas em forma de subjectivas telas vazias como o vosso intelecto. Não façam música de pensamentos e reflexões que desconhecem e tornam estupidamente vulgares... Sim, apenas vulgaridade se induz dos vossos lábios secos pela mentira e pela cobiça... Vulgaridade residente no fedido suor que transborda das vossas fontes de resistência, cansadas pelo esforço meditado de inconsciências sombrias que vos pelam, vos esfolam, vos matam, vos chacinam um por um, cada palmo dos sentidos. Xô!
Eu quero ar limpo, leve, suavizado por brisas acolhedoras e só minhas! Quero o meu mundo sem vermes suculentos que aparentam subtileza de retoques imperfeitos sob a luz do luar. Quero chafarizes de teorias soberbas, sustentadas nas realidades a que sobrevivo. Prefiro sobreviver a viver já que os conceitos se deturparam de tal forma que não sei agarrar o suposto certo-errado.
Quero ser única, não estranha nem diferente, não por maus motivos nem por uma necessidade de me afirmar, quero ser única apenas, nos recônditos das acções, nos fins a que me proponho findar de propósitos munidos pelas palavras que vocalizo. Já vocês são e serão meras cópias uns dos outros, criadas por mentalidades repletas de perícia que vos moldaram à sua imagem e vos tornaram areia do mesmo saco, implantes semelhantes sem retorno nem objectividade. E eu recuso-me a embarcar na vossa jornada simplista e mundana! Vocês julgam afirmar-se perante excessiva popularidade e atenção mas no fundo de cada pedaço de vida que vos agarra, são todos iguais...
"Cada ser é único, sendo provido de um património genético exclusivo (DNA) que é a sua marca de identidade e o distingue de todos os outros."
- Pois pois, é capaz...
Gostei =)
ResponderEliminarMuito bom, consegues prender o leitor...ao menos a mim qd leio... ;)
ResponderEliminaro que se faz com a "parte igual" é o que nos diferencial ;)
ResponderEliminarbjo
cópia, é cópia, geralmente muito mal feia e geralmente o dono é um pobre perdido.
ResponderEliminarbjo
Completamente, porque ?
ResponderEliminare ainda bem que sim ^^
ResponderEliminarfogo altamentee
ResponderEliminartens de me dedicar este xD ( NAO BEM dedicar se e que me entendes)
Fazes tu muito bem (:
ResponderEliminarEu sei, é a coisa mais decente q se aprende em portugues!
ResponderEliminarO titulo é o que eu pus em cima, pertence ao Cancioneiro (:
Fernando Pessoa é O Mestre! :D
ResponderEliminarTenho de ver o que vou achar xb
Ah eu percebi que tinha sido o que eu pus xD vou le-lo (:
"Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
ResponderEliminarSou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir."
Adorei estes versos! Muito bom mesmo.