Ideias que emergem em torno da problemática do capital e influências que a economia tem na visão dos diferentes países do mundo, infiltram-se nas perspectivas de qualidade e competência, surgindo juízos de valor errados acerca do que se produz, diz e faz em cada país. O ser humano parece ter inscritos, no seu código genético, codões que codificam a noção de que o dinheiro que determinados países possuem, os torna superiores em tudo relativamente aos demais.
Um país rico irá ter mais capital para investir no mercado livreiro e em produções de arte e, por isso, serão mais numerosas no mercado as obras que produz. Consequentemente irão ser mais comercializadas e colocadas por diversas vezes em best-sellers que são vistos, de forma errada por vezes, como excelência representativa. Assim, alimenta-se a ideia de que o estrangeiro é superior, ideia essa que é quimérica uma vez que o que o torna superior na literatura são os meios financeiros que possui para disseminar e dar a conhecer as suas produções. Deste modo, os indivíduos irão sempre guiar-se pelo que um país mais desenvolvido construir, associando-lhe a conotação de superior, independentemente dos factos que provam que o estrangeiro não o é na sua acepção mais radical (poderá ser na economia, no ordenamento de território, entre outros mas de forma alguma será ilustre e superior em todos os domínios e áreas.).
Nota: Esta ideia de “estrangeiro como superior” está presente até nas línguas leccionadas nas escolas. As línguas mais leccionadas e consequentemente mais faladas no mundo, correspondem aos idiomas de países endinheirados.
Estudos Culturais, Adriana Cunha - 06/2012
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