Entre jangadas de balanços uníssonos tapo a voz
Aos olhos da vida, das passagens, do rio
E a jangada corre, num ritmo em brio
Desce a nascente até à foz
Como a desnutrição do que era meu.
Para trás os abandonos
As palavras piegas e adorações...
Que se fodam os subornos
Enjoei de comparações!
Se lhe partisse os sonhos a meio
Caminhava-o ao desalento
Ao cenário louco que saboreio
No peito do colosso que dele fomento.
Se lhe partisse o corpo em três
Atirava-o à epifania da tormenta
Cada capítulo em deslize, à vez
Rumo de digestão mecânica violenta!
Se lhe partisse a voz e o ser
Ria-me pelos prefácios ignorados
Ria gargalhando as lágrimas que ao verter
Jorravam sangue nos olhos mortificados.
Os meus, os meus!
Perdi-me.
E...
Entre marés de folhas de papel imaginárias
Em leve toque de metáfora poética
Fogem mergulhadas letras nuas e precárias
Gritando, desesperando em mera ordem alfabética.
Perdi (-nos).
Muito bom, gostei ^^ principalmente desta quadra final:
ResponderEliminar"Entre marés de folhas de papel imaginárias
Em leve toque de metáfora poética
Fogem mergulhadas letras nuas e precárias
Gritando, desesperando em mera ordem alfabética."
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Lindo ! :)
ResponderEliminarOla Adriana,
ResponderEliminarObrigada pelo teu comentário e pela tua passagem pelo meu blog.
Mais uma vez não posso deixar de salientar que escreves muitíssimo bem, gosto muito =)
Kiss*