Entre riachos fecundos e primaveras
Entre árvores desnudadas, protagonismos, quimeras
Larguei-o, ao vento, perdi-lhe o rumo.
(Quem o agarrou e lhe deu vida?)
Sobre os verbos amorosos proferidos
Debrucei-me (na lua) e deixei-os soltos (na noite estrelada)
Em actos de comodismo e falência de emoção
Deixei que envelhecessem e, agora...?
Agora não valem nada.
Cravei as garras
Sobre o tempo e os pedidos,
E as narrações e as vivências
E as vozes e as insistências
E Alguém...
Alguém puxou a carpete que me sustentava e caí,
Desorientada entre um perder de sentidos
E o sabor da lágrima salgada.
Entendi então a noção
De cada palavra, bela e trabalhada,
Num misto de pétalas negras e ditaduras do coração
Que fizeram de nós fachada.
E todas estas feridas teimosas
Deixam-me com cor de insatisfeita a rir
No vazio dos passos de direcção ao precipício
Que imagino e que desejo (por tudo!) existir.
... Uma casa simpática na montanha
E o teu belo sorriso de criança... Ilusões de óptica?
Já não sei, já não sei de nada...
dos melhores poemas que li teus.
ResponderEliminarcheio de garra*
Lindo !
ResponderEliminarADOREI
ResponderEliminarsem dúvida que escreves muito bem, e este está demais
:)
oh de nada (:
ResponderEliminarGostei =)
ResponderEliminarQuando os sonhos se estilhaçam é sempre mau, mas com os cacos que sobram podes tentar construir a realidade...
Muito bom =)
então tu, és uma autêntica beleza rara :) ESTÁ LINDO*
ResponderEliminarque querida, Adriana ! eu gosto imenso sempre que cá venho, os teus poemas têm alma, o que os torna bastante agradáveis de se ler :)
ResponderEliminarAdorei este!
ResponderEliminarAquela parte de alguém puxar a carpete... uau, parecia que conseguia ver e ouvir-te cair! Super expressivo!
E obrigada pela visita ao meu blog :) é um prazer ter alguém que escreve tão bem a visitar o meu cantinho ^^
Desculpa perguntar, mas podes-me dizer como se põe esses separadores no blog? Como tu tens a dizer "Desnorteios" e "Adriana". Obrigada
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