terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Não sei

Em três minutos dou-te o mundo
Num mudo amor de três sentidos:
A estrada, o rio e a noite.

Somos dois em três.
Sós nas trevas.
Juntos no arco-íris.
Tão sós nas falhas do tempo.
Tão um nos dias de sol.

Abraça-te ao vento
Corre da onda gigante de ser que sou
Ou afoga-te nos meus braços quebradiços.
Tu comandas.

          os desejos são flores sem pétalas na tempestade,
Os beijos...
Oh os beijos!
São doces carícias do sol na barriga das nuvens.

Vem, segue a afluência.
Sê leão
Ou borboleta
Mas sê.

A torre é tua.
O caminho é nosso.
As palavras são de quem as quiser
E o sorriso é somente meu.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

afasta-te

Chora o vento.
Gritam os diabos.
Perpétua comunhão de sentires.
Árvores nuas como a vida que nasce.
Atos lógicos e fatos loucos.

O rei da tempestade.
O lacaio do mar.
O mordomo do vinho.
A humanidade desumana.
Os vultos sem sombra.
A alma consumida pelo cigarro.

O sonho desfeito em quatro mil pedaços.

Irregularidades.
Ângulos.
Dores no corpo.
Sorrisos nos doidos.

A chuva imensa.

É inverno.