sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Incoerências mentais e copas à mistura

Todas as delicadezas do mundo
Não valem um sorriso esborratado
Pelo baton cravado no fundo
De um porto de abrigo desabrigado.

Todas as eucrasias
Não valem um político sem política
Uma esposa sem amor
Um discurso sem perícia
Caminho desenfreado para o paraíso negro
Da dor.

Esfuma-se o rio
Nas suas cores mortas e subtis.
Eis a hora de desenhar os pontos nos i 's.

Na vanguarda,
As sombras com facas no punho.
Esfaqueiam os sonhos.
Matam os corações.
Desfazem os legados.
Caem por terra, um por um,
Para o destino a todos reservado
                       Porque não há amor que lhe aprouve.

Os sentires tão voláteis
Como feras soltas ao vento
Pintam de vivos os mártires
Nestes baldios sem destino
De um porto tão sangrento.

Segue o rio a ferver
Uma lágrima despenteada
Uma espada na relva
Uma cabeça cortada.
É a do rei.

BAM! BUM! BAM!
E a guerra começou.